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Mostrando postagens de 2012

O Cinza e o Verde

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Por Carlos Alberto Gossel Pereira O céu se fechou, As nuvens escureceram, Começou a ventar, Soprou forte demais, Gotas começaram a cair, É a chuva que vem. Relâmpagos chegaram E a chuva veio também. Chuva que molhou meu céu, De palmeiras balançando, O frio invadiu a selva, Tempo que mexe o coração, Trouxe-me a depressão, O verde foi molhado, O verde ficou mais verde Dessa chuva vespertina Que acinzentou minha tarde, E vai escurecendo, Os trovões anunciando a noite, O escurecer se tornou sombrio, Depois dessa chuva Esmaga-me o anoitecer Nesse paraíso de meu Deus.

Cangote

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Por Carlos Alberto Gossel Pereira Pulo no teu cangote Não sou "fracote" Quero te seduzir Acaricio tua pele É que nela se expele Minha vontade de existir Te "lasco" um beijo E em meio ao seu cheiro Vou te consumir Aliso teu cabelo Domino-te com meus dedos Quero te possuir Seguro tuas mãos Dentro de mim uma canção Eu estou a ouvir Agarro-me em teu corpo Entrego-me pouco a pouco Não há como fugir

O Papagaio e o Moleque

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Por Carlos Alberto Gossel Pereira Moleque que corre para lá e para cá Não deixa o papagaio escapar O papagaio afoito no céu Não quer nem saber de descer, voltar Moleque que corre para lá e para cá Com seu papagaio colorido a me encantar O papagaio se esgueira dos postes Não quer na terra tocar Moleque que corre para lá e para cá Não cansa de o papagaio empinar O papagaio saltitando no céu Não quer para terra olhar Moleque que corre para lá e para cá Não deixa o papagaio no azul se aquietar O papagaio desfilando no lençol Não consegue descansar Moleque que corre para lá e para cá Não deixa o papagaio no azul se aquietar O papagaio faceiro no céu Não se importa para quem o quer pegar Moleque que corre para lá e para cá Faz manobras com a mão Mas o "cerol" cortou a linha E o papagaio veio ao chão.

Banhado

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Por Carlos Alberto Gossel Pereira Banhado Por teu ar Por teu corpo Por teus lábios Por teu sorriso Por teu olhar Por teu sabor Por teu amor Por teus sonhos Por teu sol Pela água que te banha Que assanha Todo o meu ser, Se te amar Me faz bem Vou me banhar Nesse rio-mar Afogar-me Explorar Todas as tuas linhas Todo o teu ser, Que prazer Ter aqui você Juntinho Ao meu ser.

Psicopata

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Por Carlos Alberto Gossel Pereira   Não consegui ler no teu olhar Todo o mal que guardavas para mim Embrenhando-me em teus sorrisos Findando a me seduzir Naveguei milhares de vezes em teu corpo Perdido nesse imenso mar Náufrago que não seria ser encontrado Em nenhuma ilha queria acabar Tuas fotos mostram o que não eres A inocência estampada é falsa Descartável como uma garrafa “pet” Cheiroso e letal bálsamo Eres uma casca momentânea Com o tempo tudo vai mudar Vai se arrepender de tudo que fez E meu coração longe de ti estará Invadiu todo o meu ser Possuiu minha mente e minha carne Abusou de todo meu amor Rasgou-me em mil pedaços Deixo meus restos pela rua Nas calçadas por onde passo Mas ainda tenho chances A vida passa e o tempo me salva

O Amor e a Razão

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Por Carlos Alberto Gossel Pereira Esse vento que bate em meu rosto Em minha pele jogando esse frio O amor que tenho guardado no peito Somente me faz infeliz O meu pensar me faz viajar De onde estou para algum lugar Agora sei que amar não é bom Faz-me muito chorar Teu cheiro é a essência do meu viver Teu corpo me faz existir Não sei o que faço com esse amor Queria deixar de existir A razão te quer tirar de mim O amor te quer para sempre Não quero que as flores murchem Meu coração tudo sente O silêncio do meu quarto O calor do dia, o frio da noite Tudo está tão igual Em mim é puro açoite Lágrimas que não param de jorrar Chuva que não cansa de chorar Pelo amor de Deus me tire esse amor Que está a me enterrar

Bem cultural

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São palavras escritas Trazendo-lhe o acontecido Palavras concretas e verdadeiras Porto seguro para quem está perdido As castanheiras-do-Brasil são testemunhas Protege-lhe com suas folhas altaneiras Desafiando o céu azul De um jeito tão faceiro Mais que um jornal Bem cultural de Tabatinga De todo o Alto Solimões E de nossa região fronteiriça O rio Solimões lhe rodeia O batiza e o abençoa Passando lentamente pela cidade Suas marolas por aqui soam Quatro são os pontos cardeais Avista-se de qualquer direção Norte, sul, leste e oeste Notícias para a imensidão Registrando a nossa história Herança para nossos descendentes Quatro anos de luta e informação Jornal Solimões é da nossa gente

Invisível

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Essas tuas terríveis traições Que fazem sangrar o meu coração Alguém me disse "ninguém é de ninguém" Mas nessa história eu sou refém Preso por esse amor que tenho No sofrimento me contenho A não chorar e se degradar Nesse sofrido e tormentoso mar Tuas mentiras são punhais na carne Estragam meu mundo e me estraçalham Mundo falso e ás vezes sem sentido Mentiras que vivem me ferindo Amo-te e te odeio, estou confuso Te querer longe seria um absurdo Mudar seu modo de agir é impossível Para os outros meu sofrer é invisível Sentir tua pele junto a mim Saber que alguém também vai sentir Invade uma tristeza e um desespero O tiro foi dado e é certeiro Atingiu o que me faz viver O que levanta todo o meu ser Que me dá forças e ilusão Você atingiu o meu coração

A Cabana de Palha

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Na revoada do vento Jogando o frio para lá e para cá, A zoada que esse vento faz Nos galhos das árvores da floresta me assusta, Folhas se vão pelo ar, Pois o escurecer chegou cedo, Mas a noite não foi avisada, Pois a mata está sombria, E a chuva caiu com bastante ira Lavando a palha da cabana, E encharcando o campinho de futebol. E quem disse que os moleques Se importam com a chuva?! Com gritos de alegria pelo ar Querem brincar e brincar, E a chuva a jorrar! Da casa na beira do rio, Bem perto do barranco, E eu da janela pequena tudo a admirar, E a perguntar: - Que horas essa chuva vai parar?

Tributo à Minha Rua

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Ah, se essa rua fosse a pista de um aeroporto Não queriam privatizar Não estariam de olho nela Banqueiros não queriam nem saber Não estariam brigando por ela O governo não estaria nem aí Não estariam despedindo pessoas E jogando as pessoas pela viela, Pois do jeito que está Não está dando nenhum dinheiro, Pode ganhar votos mas não lucros, E aonde será que está o nosso IPVA?!! Será que "pra" Brasília foi viajar?!! E se foi, no que dará?!! Esse imposto bendito que não vejo chegar!

À Espera

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Quantas noites eu te espero Mergulhado em um mar de solidão Cadê paixão que me salvas nesta hora?! A rua inóspita me atormenta Com profundo ar de tristeza Que me sacode a alma Terremoto de emoções Enfim, tudo em mim pede você. Luz que me ilumina Noite desesperadora Horas que me passam Coração que acelera Lua que me abandonou. Silêncio dolorido Meu quarto escuro me esconde Nesta noite sem você, sem você.

Amor Amazônico

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Folhas de uma floresta úmida Jogadas pelo chão apodrecendo Perdidas em meio à Amazônia Pedaços de meu coração que está doendo O cheiro da mata me entorpece O sol não consegue me tocar É escuro e obscuro o meu sentir Tuas palavras magoam e me fazem sangrar Paraíso verde que me encanta Que de tanta beleza me faz sonhar A gota de orvalho descendo pela árvore Tua lembrança me faz suspirar A água invade a floresta O vento faz a palmeira balançar As nuvens me cobrem com piedade Sabem que estou a amar Bem distante avisto uma canoa Gritos e sorrisos de pequenas crianças Curumins se banhando no Amazonas E ao meu coração dando esperança Sentando no barranco estou a meditar O barco nas águas caudalosas deixar-se levar Relâmpagos se jogam no meio da floresta E eu guardando tanto amor que agora vou chorar

À Flor da Pele

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Não existe O que me impede De pensar, De sentir, De provar, À flor da pele, Como a pele de uma flor, Todos os sentimentos Que essa vida traz, Se até uma gota d´água Faz-me sonhar, Imaginar Um mundo de ilusão. Palavras que viajam Sentimentos que transladam A porta da razão. Absorvo, Sinto ao extremo Esse mundo frio Que me causa calafrios Ao entregar meu coração Para essa paixão Que não é apenas ilusão Mais é pura poesia Brotando do meu coração.

Anjo

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Anjo do meu céu Por onde andas tu encantas, Cabelos loiros e ondulados Uma cachoeira dourada, Pele alva e clara Naturalmente bronzeada, Encantado estou ao seu lado, Voz rouca que me fascina, Sotaque que me alucina, Doutora dos meus sonhos No meu coração você se encontra, Desde criança nos conhecemos, Infância de puros sonhos, Tornou-se mulher Depois minha companheira Pura e verdadeira Se tornando mãe Mãe de meus filhos, É meu puro amar Que se torna um mar Para juntos navegarmos.

Constelações

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(See attached file: Constelações.JPG) Nessa noite eu quero descobrir Qual a estrela que foi criada para mim, Deve brilhar somente para me agradar Nesse lençol celeste a se espalhar, Dizer para mim o que é o amor, Fazer-me sonhar, nunca ter dor, Eternamente com alegria tentar viver E os cometas passam no azul a se perder O Cruzeiro do Sul aponta para aonde não vou As Três Marias não olham para onde estou Lentamente passam-se as horas Para o universo não há pressa, não há demora Somente existe uma imensidão Banhada de estrelas e de emoção E eu aqui na Terra não paro de admirar No desejo de minha estrela encontrar Minha visão varre esse céu pingado De estrelas, planetas e galáxias espalhadas E eu preso nesse chão desesperado Querendo ser um pouco iluminado Desejando uma ajuda celeste Que venha até a mim e seja breve Meu olhar mil- anos luz a viajar A minha estrela querida querendo encontrar

Cabelos de Ouro

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Nas águas desse rio Brilha o sol com todo seu furor Jogando seus raios nessa água Criando uma ardente cor Águas que parecem cabelos Cabelos despenteados Que se arrastam pela terra            Loiros e iluminados Pequenas estrelas Nessa água tão barrenta Estrelas que surgem de dia E de noite não podemos vê-las Parecem diamantes Talvez sejam apenas estrelas Qual será essa magia Dessa bela natureza Raios que mergulham Que varrem essa água Encantando com beleza E a luz pela água se espalha Serão cabelos de uma cabocla Ou os cabelos da natureza Sou um ser totalmente rico Por possuir tanta riqueza