Comunhão

Rio Solimões


Nesse grande rio o caboclo vai pescando
O paraíso aos poucos desvendando
Onde as águas se tornam brilhantes
Pelos raios do sol incandescentes

A mata o cerca imponente
E lá está, solitário e bravamente
A enfrentar sem medo essa floresta
Para ele seu destino, a coisa certa

Sua canoa é pequena para esse rio-mar
Que às vezes parece lhe tragar
E o caboclo ligeiro a remar
E essas águas indo a conquistar

Essa floresta é a sua morada
O rio seu caminho, sua estrada
O céu de meu Deus, sua proteção,
Os peixes abençoados, sua alimentação

Peixes pulam nessas águas caudalosas
A rede do pescador é jogada imperiosa
Em busca do alimento para sua família
Aqui é tudo para ele, sua própria vida

O caboclo, o rio e a floresta em comunhão,
Um faz parte do outro em todas as razões,
Ato a se glorificar eternamente,
Toda vez que o sol vai para o poente

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